Frida por Rauda Jamis

    Frida Kahlo aprendeu com seu pai, a arte da fotografia, tirando e retocando fotos (JAMIS, 1987). Entrou em 1922 para a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México, onde estudou desenho, modelado e aprendeu a técnica da gravura com Fernando Fernández, um amigo do pai de Frida. Este era um pintor comercial bem conhecido e respeitado, que contratou Frida para trabalhar com ele depois da escola, oportunidade em que a ensinou desenhar e copiar obras do Impressionista sueco Anders Zorn. Fernández surpreendeu-se com o talento dela.
    Nesta época o país era governado pelo ditador Porfírio Díaz e, devido à revolução, bem como à influência européia, a Escola Preparatória Nacional havia entrado numa onda de nacionalismo, o que influenciou a visão política da pintora.

A escola tornara-se um dos focos do ressurgimento do sentimento patriótico Mexicano. A volta às origens era exaltada, toda e qualquer proveniência de raízes indígenas valorizada. Paralelamente, havia uma incitação a inspirar-se na herança ocidental, graças a uma política cuja ambição em matéria de cultura era colocar os clássicos, de todos os domínios, ao alcance de todo mundo. [...] Foi essa a época do surgimento dos primeiros muralistas mexicanos, José Clemente Orozoco, Diego Rivera, David Siqueiros, que contribuíram para colocar a arte, meio de transmissão de ideais e testemunho da história, a serviço das massas. (JAMIS, 1987, pp. 48-49)

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